Immanuel Kant

Immanuel Kant

Immanuel Kant nasceu em Königsberg, na Prússia Oriental, no dia 22 de abril de 1724. Nascido em uma família não muito privilegiada, viveu uma vida modesta e devota ao luteranismo. Ganhou o direito de lecionar livremente em 1755, quando conclui seu doutorado de filosofia. Além da filosofia Kant estudou física e matemática, e lecionou Ciências Naturais.
O fim da era pré-critica kantiana se deu quando ele assume a Cátedra de Lógica e Metafísica na Universidade de Königsberg. Seus textos mais emblemáticos dessa época foram “A História Universal da Natureza” e “Teoria do Céu”, de 1775. Ao inicio da segunda fase kantiana, se deu quando ele se deparou com as obras de David Hume.
Nessa fase ele irá escrever “A Crítica da Razão Pura” (1781) e “Crítica da Razão Prática” (1788). Kant morreu aos 80 anos, em Königsberg no ano de 1804, e pode presenciar diversos marcos históricos, desde da revolução francesa, onde viu pessoalmente Napoleão invadir seu país, à independência Americana.

“A Crítica da Razão Pura”

Juízos de Kant, basicamente liga dois pontos o (A) e o (B), o (A) sendo o sujeito, enquanto o (B) é o predicado. Esses juízos são citados na “A Crítica da Razão Pura” (1781).

“O juízo em geral é a faculdade de pensar o particular como compreendido sob o universal.”

  • Juízo Analítico A Priori

    Aqui se descreve um conhecimento seguro, em que o predicado está contido no sujeito, podendo assim ser extraído. Esse conhecimento não se produz nada novo, ou seja, o predicado não informa nada de novo sobre o sujeito.
    Como já diz no próprio nome “A Priori” (Conhecimento que depende da razão) depende da razão.

    Exemplo: ”Todo triangulo tem três lados” .

  • Juízos Sintéticos a posteriori

    São aqueles conhecimentos em que o predicado não está contido no sujeito, e sim se relacionando a ele, por meio de uma síntese.
    Esse conhecimento produz algo novo, se tornando um conhecimento não confiável, para chegar nesse conhecimento é necessário a experimentação (como diz o nome “A posteriori”, conhecimento que depende da experiência).

    Exemplo: “A casa é verde”.

    A cor verde não está contida no sujeito casa, está relacionada a ela. Para confirmar isso é necessário a confirmação, que vem por meio da experiência.

  • Juízo Analítico A Priori X Juízos Sintéticos a posteriori

    Um outro exemplo para entendermos melhor. Temos a definição de livro: “todo livro tem capa, título, autor e o conteúdo“
    Se fizermos a afirmação, “todo livro tem um autor”, seria uma afirmação Analítica A Priori, já que a afirmação só diz a respeito do que já está contido na definição de Livro.
    Agora, se afirmarmos que “todo livro tem capa vermelha”, será uma afirmação Sintética a posteriori, pois a afirmação adiciona uma nova informação não contida na definição, apenas se relacionando com uma.
    Percebe-se que essa afirmação vem da experiencia em que o sujeito tem com a capa do livro, e para afirmar isso é necessário “experimentar” todo livro, ou seja, é necessário recorrer a experiência, com cada livro.

  • Juízos Sintéticos a priori

    Esse conhecimento é o conjunto dos citados anteriormente, sendo ele um conhecimento seguro porem que amplia o conhecimento.
    Esses Juízos também não são retirados do sujeito, e sim pela experiência que se forma algo novo. Essa formação deve ter a possibilidade de repetição do experimento, a aprioridade , sendo ela a possibilidade de uma construção fenomênica, isso permite a universalidade e a necessidade de ambos juízos. Basicamente, a experimentação, aqui, é a organização da mente em uma unidade sintética daquilo recebido pela percepção.

    “Nada há na mente que não tivesse passado pelos sentidos, exceto a própria mente”

    Exemplo: 6+4=10, essa conta é um conhecimento seguro, científico, porem o 10 não é dependente do 6+4, ou seja, o 6+4 não está contido nele. Ele pode ser encontrado em outras contas matemáticas, como 5+5, 20/2, 2x5, etc.

“A Crítica da Razão Prática”

“A Crítica da Razão Prática”, diz como a razão deve orientar as ações de cada um, tema abordado também nos livros “A fundamentação da metafísica dos costumes” e “A metafísica dos costumes”.
Essa obra acaba dando um sentido a “A Crítica da Razão Prática”.
A moral universal, citada nesse livro, é uma moral que valha em qualquer circunstância. Para alcançar isso é necessário seguir a razão e o dever.

  • Imperativo Hipotético

    Kant descreve o imperativo hipotético como agimos com nossas paixões e não com a razão, ou de forma que busca somente um interesse pessoal, em qualquer situação.

    Exemplo: Seu chefe é dono de uma ONG de ajuda aos animais, e como forma de como forma de se aproximar dele e conseguir “pontos” para sua promoção, você se voluntaria nessa ONG.

    Sua decisão foi baseada puramente no seu interesse próprio, e pela a razão.

  • Imperativo Categórico

    Quando sua ação é baseada na razão, sem a expectativa de um retorno, agindo puramente por achar aquela ação a certa.

    Exemplo: No mesmo exemplo anterior, ao invés de se voluntariar pelo interesse da promoção, você deveria se voluntariar apenas pela vontade de fazer o bem.

    Para ser uma ação do Imperativo Categórico ela tem que ser universal, ou seja, ao fazer algo você deve se perguntar “Se todo mundo fizesse isso, seria bom?”, se a resposta for não, provavelmente sua ação não é Categórica, e sim Hipotética.

Processos de Conhecimentos

Antes de Kant, a busca pelo conhecimento era focada na essência, ou seja, o sujeito girava em volta do objeto, não chegando em nenhum resultado.
Após o Kant, o objeto passou girar em volta do sujeito, essa foi a revolução copernicana de Kant, o objeto passou a se adaptar ao sujeito

Exemplo: Antes de Kant, o estudo da cadeira, seria analisar todas as características da cadeira, soma-las para achar sua essência.

Após, a cadeira se adaptava ao sujeito, podendo ser um suporte para vaso, para conforto, etc. Ou seja, a cadeira pode ter qualquer utilidade que o sujeito permitir.

Kant X Iluminismo

Immanuel Kant escreveu algumas obras sobre politica, em especial, “O que é o Iluminismo?”, para ele o iluminismo era a saída do homem de sua minoridade intelectual. Como citado, abaixo:

“É a saída do homem de sua menoridade da qual ele mesmo é responsável”

Para Kant, a ideia iluminista, em que o homem pensa por si só, um homem autônomo, é muito atraente.